Ave Maria, cheia de graça!

Seja bem-vindo(a)ao Web blog "Somos Servos"! ... criado em 4 de junho de 2007 para a maior glória de Deus, agradece sua visita amiga e fraterna!

Feed Vatican News

Feed CNBB

Feed CRB Nacional

16 de março de 2014

SOMOS SERVOS MARÇO 2014

Somos Servos
Revista OSM – Comunidade Santa Maria dos Servos – Matola





A FRATERNIDADE SERVITA
O PADRE E O FREI
NOSSA SENHORA DA ANUNCIAÇÃO
AS TENTAÇÕES DE JESUS
TESTEMUNHO VOCACIONAL
UM OLHAR SOBRE AS NOVAS IGREJAS EM MOÇAMBIQUE
TEMOS SEDE DE UMA SOCIEDADE MAIS HUMANA
CRÔNICAS E NOTÍCIAS ECLESIAIS
OS FORMANDOS DA COMUNIDADE SANTA MARIA DOS SERVOS


Número 2 – Março de 2014 

EDITORIAL

Q
ueridos irmãos leitores, com alegria publicamos o segundo número da Revista OSM – Comunidade Santa Maria dos Servos – Matola, intitulada “Somos Servos”. Uma revista que foi muito bem acolhida pelos nossos irmãos e amigos da Ordem dos Servos de Maria e das igrejas locais onde nos encontramos. Agradecemos a todos o apoio e o incentivo recebidos, esperando corresponder às vossas expectativas.
Na quarta-feira de Cinzas Deus nos convidou exortando-nos por meio da oração mais intensa, da prática do Jejum e da Esmola a nos preparar para o encontro com o Senhor Ressuscitado, Aquele que venceu a morte e nos mostrou a todos o caminho da salvação. Procuremos, pois, ir ao encontro do Senhor, com os corações rasgados e totalmente dispostos a acolhê-Lo em nossa vida, na pessoa dos nossos irmãos e irmãs. Assim o nosso jejum e a nossa esmola serão de facto agradáveis ao Senhor nosso Deus.
No texto inspirador da mensagem do papa Francisco para a Quaresma, “Fez-Se pobre, para nos enriquecer com a sua pobreza” (cf. 2 Cor 8, 9), se intui a perspectiva de um encontro singular na história da humanidade: o encontro da natureza divina com a natureza humana no evento da encarnação do Filho de Deus, que abre de um modo definitivo o cenário conclusivo da história de salvação. Somos todos atingidos por este encontro, que marca a nossa vida profundamente, pois nos revela aquilo que somos, como criaturas diante do seu Criador, e nos aponta o sentido pleno da nossa existência, isto é, o encontro definitivo com o nosso Deus!

Nesta edição vamos apresentar o carisma dos Servos de Maria; no âmbito da vida Consagrada, a distinção entre Padre e frei; aproveitando a espiritualidade da Quaresma, um artigo sobre as tentações de Jesus, entre outras reflexões. Recordaremos a celebração da Anunciação do Senhor por meio de Nossa Senhora da Anunciação. O testemunho vocacional desde mês será feito pelo noviço Percy, de origem peruana e faremos a apresentação dos nossos formandos. Ademais acenaremos nas crônicas eclesiais os momentos mais significativos que celebramos e celebraremos neste período de preparação para a celebração da Páscoa do Senhor. Desejamos a todos uma boa leitura e um tempo quaresmal profícuo!

A FRATERNIDADE SERVITA

Três elementos caracterizam as comunidades da Ordem dos Servos de Maria:
1. O serviço: É um aspecto essencial do carisma a Ordem dos servos de Maria, que tem as suas raízes, mais profundas na Sagrada Escritura. Para concretizar seu ideal de serviço, os Servos de Maria inspiram se primeiramente no exemplo de Cristo, que encarna a figura do “Servo do Senhor”, (Is 42,1-7. 49,19), que veio para servir e dar a vida em resgate de muitos (Mc 10,45) e que se colocou no meio dos discípulos como aquele que serve (Lc 22,27; Jo 13,3- 17) e, em segundo lugar na humilde atitude de Santa Virgem Maria que, convidada por Deus para colaborar no projeto salvífico da Encarnação do Verbo, declarou se Serva do Senhor (Lc 1,38). Servir é acolher os irmãos, especialmente os mais humildes, é dar assistência aos idosos, enfermos e aos necessitados. Servir é empenhar-se para manter diante de todas as criaturas, atitudes de paz, de misericórdia, de justiça e de amor construtivo.
2. Fraternidade: Nas nossas Constituições enfatizam claramente a importância da comunhão fraterna em nossa vida. A oração de Jesus ao Pai para que seus discípulos sejam como Ele e o Pai que são um só (Jo  17,11), o testemunho da primeira comunidade cristã na qual, os nossos   Sete Primeiros Pais transmitido pela Legenda de Origine Ordinis, fazem  da comunhão fraterna um aspecto essencial da nossa vida. Portanto, sem ela, não seriamos autênticos Servos de Maria. A comunhão fraterna caracteriza o nosso modo de testemunhar o Evangelho. Dá forma ao nosso estilo de vida, ao trabalho e a oração. Determina o estilo do governo da Ordem, confere uma marca peculiar ao nosso serviço apostólico. E o campo que testemunhamos a pobreza Evangélica e vivemos o nosso compromisso da obediência a Palavra de Deus e as decisões comunitárias. Por fim, a comunhão fraterna é o clima indispensável para a formação de um Frade Servo de Maria e para o crescimento integral da sua personalidade.
3. Dimensão Mariana: A dedicação total a Virgem Santa Maria, ʺrefúgio especial, e Senhora própria dos seus Servos”, outro elemento essencial para vida Ordem, que tem suas raízes no acto praticado pelos Sete Primeiros Pais no inicio do seu caminho Espiritual. Os Sete decidiram colocar-se humildemente a si mesmo e aos seus corações, com toda devoção, aos pés da Rainha do Céu, a Gloriosa Virgem Santa Maria para que ela, como Medianeira e Advogada, os reconciliasse a Ele. A iconografia dos Servos de Maria aparece com freqüência a Imagem da Mãe da Misericórdia que acolhe os seus servos e os protege de todo mal  físico e espiritual, interpretando lhe a Graça e Misericórdia (Cf. Site da OSM – www.servidimaria.net). 
Frei Cosme,osm e postulante Wilson Wiliam

O PADRE E O FREI

A
ssim como a medicina, a advocacia, a política, possuem uma linguagem e terminologia próprias, assim também acontece no universo da religião. Há gente que pergunta com frequência sobre a diferença entre padre e frei.
É variado e abrangente o leque do que chamamos de vocação: vocação à vida, vocação cristã, vocação sacerdotal, vocação religiosa, vocação matrimonial, como também as vocações ás diversas profissões. Neste escrito vamos compreender a diferença entre padre e frei. A vocação sacerdotal e vocação religiosa são completas em si mesmas. Quem abraçou as duas é padre e frei, quem abraçou uma das duas, ou é padre ou frei. Exemplo: O Padre Gilberto é só padre, o Frei Chico é padre e frei. Nada de status.  
Quem é o padre: É aquele que recebeu o sacramento da Ordem, em força do qual torna-se o dispensador dos sacramentos, sobretudo da Eucaristia e Penitência. Ele é chamado de "diocesano", porque está ligado diretamente a um bispo diocesano, a quem deve plena obediência. No ocidente, por lei eclesiástica, assume livremente o celibato, renunciando ao matrimônio. Para exercer o ministério, o candidato deve está preparado, por este motivo deve cursar Filosofia e Teologia. O padre diocesano não tem a obrigatoriedade de morar com outros irmãos de ministério.
Quem é o frade: Frei é uma palavra que vem do Latim “Frater” que significa “irmão”. Entre si e perante os outros, os frades se chamam de “frei”, uma abreviação de frade.   É aquele que professa numa comunidade religiosa os conselhos evangélicos, ou seja, os votos de castidade (equivalente ao celibato), obediência (aos seus superiores) e pobreza (não pode possuir bens no seu nome). A comunidade religiosa é uma forma mais radical de observar os conselhos evangélicos. É uma forma de vida que vem desde os primórdios do cristianismo para testemunhar a fraternidade, o serviço e a oração. Depois de concluir todas as etapas da formação, professa os primeiros votos. É a partir da profissão dos votos que o candidato é acolhido entre os frades. O frade vive em comunidade juntamente com os outros confrades, seguindo o carisma do instituto. É uma obrigatoriedade viver em comunidade. A finalidade primeira das comunidades era de ser constituída somente de “irmãos”, mas diante das necessidades da Igreja, viu-se necessário preparar também os frades para o presbitério. Na comunidade religiosa, o frade tem a livre decisão de se tornar presbítero ou não.
Ambos estilos de vida estão empenhados pela causa do Reino de Deus. Eles possuem a missão de transmitir a todos a mensagem do Reino e a testemunhá-la.
Frei Gerson, osm

NOSSA SENHORA DA ANUNCIAÇÃO

N
o dia 25 de Março vamos celebrar a Solenidade da Anunciação na qual Nossa Senhora é escolhida por Deus para ser a Mãe do Salvador. Trata-se do primeiro dos mistérios mais sublimes e importantes da história da salvação: a chegada do Messias, profetizada séculos antes no Antigo Testamento.
 A Festa da Anunciação do Anjo à Virgem Maria (Lc 1, 26-38) é comemorada desde o século V no Oriente e a partir do século VI no Ocidente, onde a celebração ocorre nove meses antes do Natal e só é transferida quando coincide com a semana santa.
A visita do Anjo Gabriel à Virgem Maria se dá em Nazaré, Cidade da Galileia e marca o início de toda uma trajetória que cumpriria as profecias do Antigo Testamento, e daria ao mundo um novo caminho, trazendo-lhe a salvação.
Ali nasceu também a oração que estaria para sempre na boca e no coração de todos os cristãos: a Ave-maria.  “Alegra-te ó cheia de graça o Senhor está contigo” (Lc 1, 28). É com esta nobre saudação que Maria recebe o anúncio de que Ela é a escolhida por Deus para ser a Mãe do Salvador.
Ao perguntar como poderia ficar grávida, se não conhecia homem algum, recebeu do Anjo Gabriel a explicação de que seria fecundada pelo Espírito Santo, por graças do Criador. Sua resposta foi tão simples e humilde como sua vida de fé: “Eis-me aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a sua palavra” ( Lc 1, 38). Com esta resposta, Maria aceitou a dignidade e a honra da maternidade divina, mas ao mesmo tempo também os sofrimentos, os sacrifícios que a Ela estavam ligados. Declarou-se pronta a cumprir a vontade de Deus em tudo como sua serva, num voto de total entrega a vontade de Deus.
Maria aceitou sua parte na missão que lhe fora solicitado, demonstrando toda confiança em Deus e em seus desígnios, para o cumprimento da profecia e mostrou porque foi a escolhida para ser instrumento Divino nos acontecimentos que iriam mudar o destino da humanidade.
Maria é a fonte geradora da Graça da Salvação, pois é por seu intermédio que recebemos a própria Palavra de Deus personificada na pessoa do Salvador. Portanto, na Anunciação, Maria acolhe a divindade em si mesma, Deus  que na origem do mundo criou todas as coisas com sua Palavra, desta vez escolheu  uma  humilde serva,  para  realizar a encarnação do Verbo Redentor da humanidade.
Frei Ivan, osm e postulante Hermínio Cidade 

AS TENTAÇÕES DE JESUS
O
 evangelista são Mateus apresenta-nos três tentações feitas a Jesus no deserto. Este mundo é também um deserto e a nossa vida é uma contínua quaresma, onde todos nós somos provados como uma forma de purificação para melhor recebermos a recompensa que o Pai nos preparou.
Quando o demónio soube que Jesus teve fome, dirigiu-lhe a primeira tentação: “se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem pães!” (Mt 4,3). Aqui Jesus é tentado de falsificar a própria missão, para realizar uma actividade que busque satisfazer as necessidades imediatas, para certificar o seu poder e a sua relação com o Pai diante do demónio. Mas como Jesus é a sabedoria personificada e o seu projecto era o Reino de Deus, encontrou uma brecha para catequizar o demónio: “A Escritura diz não só do pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus”. Os homens na sua maioria não resistem tentação como esta porque se deixam escravizar pelo seu corpo enquanto já foi dito: “buscai o Reino de Deus e a sua Justiça...” (Mt 7,33).
A segunda tentação obrigava a Jesus tentar o Senhor seu Deus como é o normal de muitos pedirem sinal da parte de Deus para alimentar a sua fé.  Mas não deve ser por um milagre que podemos crer na existência de Deus e no seu poder. Pois a sua existência e o seu poder tampouco dependem de nós. Pelo contrário nós é que dependemos d’Ele em tudo. Ele é, e a nossa fé nada diminui e nada aumenta em Deus. Foi por isso que Jesus responde ao demónio dizendo: “a Escritura também diz ‘não tente o Senhor teu Deus” (Mt 4,7). Essas respostas de Jesus podem ser de certa forma uma verdadeira surpresa para nós, porque em tentações de gênero temos caído quando orgulhosamente queremos provar aos outros que temos poder de fazer isto ou aquilo para alcançarmos a fama.
Por último, o demónio pede que Jesus lhe adore prometendo uma remuneração (todos os reinos do mundo e as suas riquezas) e Jesus expulsa o demónio “vai-te satanás” e introduz-lhe a catequese sobre os mandamentos da lei de Deus: “adorarás o Senhor teu Deus e somente a Ele servirás” (Mt 4,10). Reflitamos sobre aquelas vezes que substituímos o lugar de Deus pelos nossos chefes porque esses podem nos promover no serviço; as vezes que conjugamos o verbo adorar para os nossos amigos porque nos deram uma rosa ou um telemóvel. Não estaríamos a fazer tal pessoa nosso Deus? Portanto, se nos sentimos fracos, ao menos recitemos em todo o tempo e lugar a oração que o Senhor nos ensinou: “não nos deixeis cair em tentação”, ou ainda o conselho do Doutor da graça (Santo Agostinho) quando diz: “leia a Sagrada Escritura mesmo que não compreenda, o diabo foge”. E que nós também não tentemos os outros.
Frei Dionisio, osm


TESTEMUNHO VOCACIONAL
C
aríssimos amigos, desejo-vos uma boa caminhada quaresmal rumo a Páscoa da Ressurreição do Senhor. Chamo-me Percy Astopillo Toro, nascido aos 5 de Setembro de 1982, natural de Huallccay, Churcampa Huancavelica, de nacionalidade Peruana. Meus pais chamam-se Ceferino Astopillo Murillo e Teofila Toro Bizarro. Tenho sete irmãos.
Neste momento, Deus me concedeu a oportunidade de estar longe do meu país, porém, estou feliz comigo mesmo, por estar a viver esta experiência ímpar da minha vida na qual sou convidado a aprofundar o meu chamado a Servir aos irmãos, a estilo de Maria na Ordem dos Servos de Maria. Ordem esta que me permitiu entrar em contacto com as outras comunidades, de modo particular com a comunidade de Matola, desfrutando de um clima caloroso e da maravilhosa alegria do povo moçambicano. Vejo nisso a vontade de Deus, de facto, é isso que quero. 
Conheci a Ordem dos Servos de Maria em Lima, na Paróquia de Virgen del Rosario Manchay em 2004. O que mais me encantou nos frades foi o estilo de vida simples, e pela devoção Mariana que nutre a vida da Ordem. Depois de um longo tempo de conhecimento e aprofundamento da vontade de Deus na minha vida, em 2011 pedi para fazer uma experiência com os frades que aceitaram o meu pedido e me enviaram para a comunidade de Postulantado dos frades Servos em Bolívia na cidade de Cochabamba onde frequentei o Seminário Señor de los Compadres. Em 2013 fui admitido ao pré-noviciado. Neste período que estive em Cochabamba pude conhecer melhor a Ordem, tive contacto com as diversas pessoas de diferentes países, com diversos institutos religiosos, isso enriqueceu muito a minha visão sobre a vida religiosa.
Em 2014 tive a oportunidade de conhecer a Província dos frades do Brasil, onde estive preparando-me para a viagem a Moçambique na Comunidade de Matola. Depois de muitas lutas consegui o visto para entrar no território moçambicano. No dia 09 de Fevereiro de 2014 cheguei pela primeira vez em Moçambique, meu primeiro contacto com o amado povo africano. No dia 10 de Fevereiro tivemos o rito de entrada no noviciado na presença do Provincial do Brasil, um rito simples, mas cheio de significado espiritual. Posso dizer que estou feliz apesar do calor que é muito intenso para mim! O povo moçambicano me marca bastante pela sua alegria e sua forma de estar na celebração litúrgica, viva e animada.
Agradeço a Deus e a minha Província Santa María de los Andes e a todas as comunidades dos frades, por tudo que me concedem, que Deus lhes abençoe. Desejo a todos os fiéis uma feliz Páscoa da Ressurreição do Senhor, que nos preparemos santamente com a frequente participação na Eucaristia a fim de que vivamos intensamente este mistério da nossa salvação. Estamos unidos em oração com Maria Mãe de Jesus e nossa Mãe.
Frei Percy, osm


Escreva para somosservos@gmail.com e receba a revista em PDF
Versão ONLINE no Blog Somos Servos: somosservos.blogspot.com


UM OLHAR SOBRE AS NOVAS IGREJAS EM MOÇAMBIQUE
C
ontava-me o meu amigo Lenquequé sobre a sua experiência no mercado de Zimpeto em busca de um alimento que sempre via os seus vizinhos consumir frequentemente, mas ele ainda não tinha provado. As cebolas. Quando chegou no mercado, viu muitas variedades de cebolas: as cebolas grandes de origem sul africana, cebolas vermelhas de Gorongosa, cebolinhas de Malema e mais, pelo que criou-lhe um dilema na escolha da melhor cebola. O que ele sabia era de que todas eram cebolas e comestíveis. Fez muitas voltas no interior do mercado, mas não se precipitou em comprar alguma variedade sob o risco de se arrepender mais tarde. Como um homem prudente, decidiu voltar para casa e perguntar na vizinhança que tipo de cebola poderia ele comprar. Chegado a casa dirigiu-se ao senhor Nhanfumo que desde sua infância gostou de cebolas. Lenquequé apresentou a sua inquietação ao velho Nhamfumo, e este recomendou a comprar as cebolinhas de Malema embora pequenas. E assim Lenquequé começou a gostar das cebolas de Malema.
Esse dilema, que passou Lenquequé, experimentam também muitos moçambicanos que querem pela primeira vez professar a sua fé, sobretudo na religião cristã. Hoje em Moçambique, vemos a presença de muitas instituições religiosas e até outras que não sabemos qual é a sua doutrina e tampouco compreendemos o seu objectivo. Creio que se fossem empresas, ninguém estaria desempregado.
Quando passamos em cada rua principalmente nas cidades, vemos aí: Igreja evangélica do céu; Igreja do poder de Deus, Igreja internacional dos milagres de Deus, Igreja Assembleia de Deus Africana, Igreja do Jesus da cruz e muitas outras, que se eu for a citar não poderei terminar. De entre essas não conseguimos ver qual é a verdadeira ou por outra qual delas nos mostrará o Caminho, a Verdade e a Vida (Jesus). Pois se formos a perguntar a cada membro de cada Igreja, receberemos um enxame de respostas. Uns poderão dizer: “aqui se invoca o Deus vivo; operamos milagres porque o pastor fala a língua de Deus; outros dizem: aqui é onde está a mão de Deus; outros aqui o milagre é algo natural e outros ainda vão dizer esta Igreja é mãe e os milagres não dependem dos pastores, mas sim, da fé da própria pessoa”. Justamente o que quer entrar pela primeira vez enfrentará um dilema forte. Isto me recorda o trecho da Sagrada Escritura que diz: “acautelai-vos para que ninguém vos iluda. Surgirão muitos em meu nome, dizendo: Sou eu. E seduzirão a muitos” (Mt 13, 5-6).
De certa forma estas igrejas parece terem algo em comum, difundir a mensagem de Cristo, mas o que nos resta saber é: com qual finalidade fazem essa difusão do evangelho? Por outra parte se contradizem entre si, porque umas dizem que invocam o Deus vivo, como se as outras igrejas invocassem um Deus morto. Outras igrejas têm presente à mão de Deus, razão pela qual operam milagres, como se Deus fosse corrupto e que apenas agrada uma parte de seus filhos. De vez em quando tenho me questionado: se essas Igrejas operam milagres, como cura dos doentes, então porque não visitam os hospitais para curar todos doentes que provocam engarrafamento naquelas instituições? Porque não ressuscitam os mortos como Jesus ressuscitara Lázaro? Talvez seja como quando alguém me disse que os milagres acontecem consoantes a quantia do dízimo que cada um dá. Se for o caso, então porque não convidam o governo para pagar o dízimo apropriado para todos os doentes.
São igrejas provenientes de países desenvolvidos por uma rejeição, mas quando chegam a Moçambique são bem vindas como se fossem empresas que oferecem oportunidades aos desempregados. Apenas para confundir a escolha certa de muitos.
Pena dos moçambicanos que um dia, quando descobrirem a Igreja fundada por Cristo e edificada sob o fundamento dos apóstolos, sentirão a necessidade de repetir as palavras de Santo Agostinho: “tarde vos amei beleza tão antiga, mas sempre nova. Eu vos procurava fora enquanto habitáveis dentro de mim”. 
Frei Lafim, osm

TEMOS SEDE DE UMA SOCIEDADE MAIS HUMANA


N
os séculos passados alguém disse que “o homem é um animal social por natureza”, e foi aplaudido por assim concluir porque em justificativa mostrava a necessidade que o homem tinha de viver em sociedade. Para a felicidade do homem, a sociedade era indispensável. Até em algumas partes do mundo, houve a necessidade da assinatura de um contrato social. O ser humano por si não era suficiente, e não contar com ajuda do seu semelhante supunha-se ser Absoluto (Deus) ou um irracional. Isso exaltava a relação “eu e tu”, onde o eu dependia do “tu” e vice versa.
Hoje, embora com muitos especialistas em ética, muitos religiosos que proclamam dia a dia a vivência dos valores evangélicos, nota-se com muito brilho o rompimento da relação “eu e tu”, e uma abstinência cruel do temor a Deus e isto, gera uma constante onda de criminalidades (abortos; violência; consumo de drogas; abuso sexual; etc). Será que foi esta a sociedade que Deus quis criar para os seus filhos muito amados?
Não matar. É uma máxima que todos conhecemos sem precisar de uma catequese sobre os mandamentos da lei de Deus, pois a vida é um dom gratuito de Deus e um direito para cada ser humano, seja ele branco ou negro, rico ou pobre e independentemente de seu gênero, pelo que ninguém tem o direito de tirar-lhe a vida. Mas em nossa sociedade, matar e praticar outros males parece um direito para alguns que em seus corações respiram violência por causa do dinheiro. O que tira a tranquilidade na sociedade. Pois, por ser religioso ou pertencer um partido político, ter emprego e até o ser um simples pobre desocupado, pode ser motivo suficiente para ser dado fim a sua vida. Os cidadãos constroem suas casas com portas de grades, edificam muros e põem garrafas quebradas por cima deles ou ferros bem afiados, não que tenham medo dos animais ferozes, mas por medo de seus semelhantes. Outros electrificam os muros e os que têm um pouco de condição, procuram outros homens para estarem de vigilância vinte e quatros horas por dia. Mesmo assim a tranquilidade não reside no coração dos donos. O homem continua sendo “lobo do outro homem” como outrora salientou Tomas Hobbes. Afinal de contas onde reside a imagem e semelhança de Deus?
Vemos alguns homens a buscarem uma convivência com os animais ferozes, porque parece mais fácil fazer isso, do que tornar mais humana a nossa sociedade. A confiança rompeu-se entre os humanos. Muitos até revestem-se de uma face piedosa, enquanto são mais ferozes que os selvagens. Fazer um favor a alguém pode ser causa do martírio de quem o fez. Nos tempos já idos, quando pouco a pouco se desenvolvia a maldade no mundo, um pensador reduziu a dignidade do homem para um simples selvagem nessas palavras: “outrora éreis macacos e agora sois muito mais macacos que os próprios macacos”. Há quem pode dizer o mesmo para o nosso tempo.
Clamamos por uma sociedade mais humana que respeite a Deus e a dignidade da pessoa humana. Uma sociedade em que a felicidade do homem deve provir dessa relação com o Absoluto e com o próximo. Esta é tarefa de todos começando por mim e por ti.
Os ecticistas que desempenhem a sua função da melhor forma e os homens de Deus que rezem sem cessar pela perfeição dos homens todos e pela conservação da bondade reconhecida por Deus após a criação do ser humano.
Frei Lafim, osm

CRÔNICAS E NOTÍCIAS ECLESIAIS


ü  Dia 5 de Março, às 16:30 o Santo Papa presidiu o Statio e a procissão penitencial, a partir da Igreja de Santo Anselmo. Às 17 horas, na basílica de Santa Sabina, na colina do Aventino, como manda a tradição, o Papa Francisco presidiu a Missa de abertura da Quaresma, com a bênção e imposição das Cinzas. No angelus da Quarta-Feira de Cinzas, o Bispo de Roma disse que o itinerário quaresmal de quarenta dias que nos conduzirá ao Tríduo pascal, memória da paixão, morte e ressurreição do Senhor, é coração do mistério da nossa salvação. A Quaresma nos prepara para este momento tão importante, por isto é um tempo “forte”, um ponto de reviravolta que pode favorecer em cada um de nós a mudança, a conversão. Todos nós temos necessidade de melhorar, de mudar para melhor. A Quaresma nos ajuda e assim saímos dos hábitos cansados e do preguiçoso costume ao mal que nos engana. No tempo quaresmal, a Igreja nos dirige dois importantes convites: adotar uma consciência mais viva da obra redentora de Cristo; viver com mais empenho o próprio Baptismo.
ü  Dia 7 de Março, na Paróquia São Gabriel Arcanjo da Matola ocorreu a cerimônia da Instituição dos 40 ministros da Esperança e da Eucaristia, cerimônia esta que foi presidida pelo Senhor Arcebispo Dom Francisco Chimoio.
ü  Dia 8 de Março, celebramos 20 anos da Inauguração do Lar Nova Esperança, nesta festividade contamos com a presença da Mamã Verônica. O Lar Nova Esperança, como bem enfatizou frei José, pela sua natureza se destina a acolher crianças órfãs, a fim de fazer brilhar neles a Esperança que brilha da Luz de Cristo. 
ü  Os religiosos da Matola se prepararam para a quaresma com um retiro na casa dos Servos de Maria no dia 8 de Março. Frei Charlie orientou o retiro enfatizando a quaresma como um encontro com Senhor! No dia 16 os formandos da Matola também dedicarão o dia para o retiro quaresmal.
ü  Dia 9 de Março, I domingo da Quaresma, ocorreram os Exercícios Espirituais do Papa com a Cúria Romana, numa Casa de Retiros de Ariccia, até à sexta-feira seguinte, 14 de Março.
ü  Dia 12 de Março celebramos o primeiro aniversário da eleição do Papa Francisco. Oremos por Ele e pela Igreja!
ü  Dia 16 de Março, II domingo da Quaresma, Papa Francisco realiza, de tarde, uma visita pastoral à paróquia romana de “Santa Maria da Oração”.
ü  Dia 13 de Abril, Domingo de Ramos, a partir das 9.30, na praça de São Pedro, bênção e procissão dos Ramos, seguida da Missa correspondente.

frei Jeremias, osm

OS FORMANDOS DA COMUNIDADE SANTA MARIA DOS SERVOS

N
a comunidade Santa Maria dos Servos temos a presença dos seguintes formandos em três etapas de formação inicial segundo o plano de Formação da Província São Peregrino (Brasil – Moçambique):
·         quatro aspirantes - Domingos Gravata, Inácio Armando, João Orlando e Manuel Gregório, que cursam o propedêutico no Seminário Cristo Rei;
·         sete postulantes: Bernardo Acácio, Camilo Cossa, Carlos Rafael, Gonçalves Sebastião, Herminio Cidade, Manuelinho José Moreira e Wilson Wiliam, que freqüentam os cursos de Filosofia e Ética, Educação de Infância e Acção social, no Instituto Superior Maria Mãe de África;
·         e um candidato ao pré-noviciado: Hanereque Mário, que frequenta o terceiro ano de Filosofia no Seminário Filosófico Interdiocesano Santo Agostinho.
Todos eles exercem actividades pastorais nas comunidades da Paróquia São Gabriel Arcanjo da Matola e demonstram muito interesse em servir ao povo de Deus na Vida Consagrada e Sacerdotal. Rezemos pela perseverança de cada um deles e, na medida do possível, colaboremos com a formação dos mesmos.


Somos Servos da Virgem Gloriosa!

Movidos pelo Espírito comprometemo-nos, como nossos primeiros Pais, a testemunhar o Evangelho em comunhão fraterna e a colocar-nos a serviço de Deus e do homem, inspirando-nos constantemente em Maria, Mãe e Serva do Senhor (Const. 1)


Somos chamados a estar aos pés das infinitas cruzes da humanidade para levar conforto e cooperação redentora
(Const. 319)

Entre em contacto connosco e seja você também um Servo de Maria:

Comunidade Santa Maria dos Servos – Matola servosmc@gmail.com
826756357 - 847704141


25 de fevereiro de 2014

Somos Servos FEV 2014 - Comunidade OSM Matola Moçambique

Somos Servos
Revista OSM – Comunidade Santa Maria dos Servos – Matola



OS NOVIÇOS DA COMUNIDADE SANTA MARIA DOS SERVOS – MATOLA
OS SETE SANTOS FUNDADORES
VIDA CONSAGRADA: QUAL É O SENTIDO DA VIDA CONSAGRADA?
NOSSA SENHORA DE LURDES
O MISTÉRIO DA ENCARNAÇÃO,
O MISTÉRIO DE AMOR
SOCIEDADE EM FOCO:
QUE O MEU VOTO NÃO ME ESCRAVIZE!
TESTEMUNHO VOCACIONAL
CRÔNICAS E NOTÍCIAS ECLESIAIS


Número 1 - Fevereiro 2014



EDITORIAL

Queridos irmãos leitores,

C
om alegria publicamos o primeiro número da Revista OSM – Comunidade Santa Maria dos Servos – Matola, intitulada “Somos Servos”. Uma revista que é dirigida aos nossos irmãos e amigos da Ordem dos Servos de Maria e das igrejas locais onde nos encontramos.

Queremos oferecer aos leitores nossas reflexões sobre a Espiritualidade dos Servos de Maria, Vida Consagrada, Cristologia e Eclesiologia e Temas Marianos. Ademais partilhamos testemunhos vocacionais, crônicas e notícias eclesiais. Tudo isso numa linguagem simples e direta que quer levar os nossos leitores a reflexão sobre tais temáticas. Como não poderia deixar de ser, temos também um olhar sobre a nossa sociedade moçambicana, oferecendo pontos de vistas que nos enriquecem a todos na pluralidade de nossas opiniões.

Gostaríamos também neste editorial dar a conhecer a nossa comunidade dos Servos de Maria. Neste ano de 2014 seremos uma comunidade realmente numerosa e juvenil, com a presença de 4 aspirantes, recém chegados das Províncias de Nampula e Tete, que frequentam o propedêutico do Seminário Cristo Rei; 7 postulantes no Instituto Superior Maria Mãe da África (ISMMA), no curso de Filosofia e Ética, Acção Social e Educação de Infância; 1 pré-noviço, estudante do terceiro ano de Filosofia no Seminário Santo Agostinho; 7 noviços, oriundos de Moçambique, Brasil e Peru (veja apresentação dos mesmos na página ao lado); e 4 frades professos solenes:  frei Custódio Cardoso M. Luís, prior e pároco da Paróquia São Gabriel Arcanjo da Matola; frei José M. Correcher, frade espanhol, já conhecido por todos pela sua presença há diversos anos em nosso meio; frei João Carlos M. Ribeiro e frei Charlie M. Leitão de Souza, ambos brasileiros, recém chegados para o trabalho de formação na comunidade, o primeiro como mestre dos aspirantes e postulantes e o segundo como mestre dos noviços.

Na condição de Servos de Maria queremos servir a Deus, aos irmãos e a toda a criação, inspirando-nos em Maria, Mãe e Serva do Senhor, por meio do nosso testemunho de fraternidade e serviço.


OS NOVIÇOS DA COMUNIDADE
SANTA MARIA DOS SERVOS - MATOLA



Cosme José Mucupa, nascido aos 16 de fevereiro de 1986, natural de Zavala, Província de Inhambane, estudante de Filosofia


Dionisio António Manuel, nascido aos 22 de março de 1988, natural de Nampula, Província de Nampula, estudante de Filosofia



Gerson Junior da Silva Gomes, nascido aos 30 de julho de 1993, natural de Rio Branco, Estado do Acre, Nacionalidade brasileira, Estudante de Filosofia




Ivan Siqueira dos Santos, nascido aos 11 de dezembro de 1989, natural de Sena Madureira, Estado do Acre, nacionalidade brasileira, estudante de Filosofia



Jeremias André Mugabe, nascido aos 17 de abril de 1989, natural de Xai-Xai, Província de Gaza, Bacharel em Filosofia

Lafim Rafael Monteiro, nascido aos 18 de dezembro de 1989, natural de Namialo, Província de Nampula, Bacharel em Filosofia.


Percy Astopillo Toro, nascido aos 5 de setembro de 1982, Natural de Huallccay, Churcampa, Huancavelica, nacionalidade peruana, estudante médio.



OS SETE SANTOS FUNDADORES

A
 Ordem dos Servos de Maria em todo o mundo tem a honra de celebrar no dia 17 de fevereiro a solenidade dos Sete Santos Fundadores, nossos primeiros pais. Solenidade importante na comunidade religiosa, pelo fato dos Sete terem sido grandes homens que buscavam a Deus, como testemunhas da caridade fraterna e Servos de Deus, da Virgem Maria e dos irmãos.
Os Sete Santos Fundadores da Ordem dos Servos de Maria nasceram em Florença, Itália, no início do século XIII (Aleixo; Amadeu; Bonfilho; Bonajunta; Maneto; Sóstenes e Ugo).

Eram ricos comerciantes de lãs e tecidos e pertenciam à classe média emergente, pois Florença era então uma cidade em franco progresso. Tendo a mesma profissão e a mesma condição social, uniram-se por laços de profunda amizade e pela devoção à Virgem Maria. Como membros da "Associação-Maior de Nossa Senhora" reuniam-se semanalmente para cantar seus louvores e praticavam obras de misericórdia em favor dos pobres.

À certa altura, movidos pelo firme propósito de servir só à Deus, abandonaram suas atividades comerciais, deixaram o convívio familiar e foram morar juntos fora dos muros da cidade, numa casinha abandonada pelos frades menores, em uma localidade chamada "Cafaggio".

Assediados pelo povo que acorriam à casa dos Sete para vê-los, rezar com eles e pedir conselhos, por volta de 1245 retiraram-se para o alto do Monte Senário, onde por algum tempo viveram como eremitas. Depois vindo a juntar-se a eles outros irmãos, deram origem à Ordem dos Servos de Maria.

O grande testemunho que deram nossos Sete Santos Pais na cidade de Florença, onde guelfos (partidários do Papa) e gibelinos (partidários do Imperador) viviam em pé de guerra, foi de que era possível viver em paz como irmãos. É por isso que a liturgia os define com "ministros da paz e da unidade".

Após a morte do grupo, suas virtudes foram sendo reconhecidas e paulatinamente veneradas. Foram canonizados como se fossem “um só coração e uma só alma” pelo Papa Leão XIII no dia 15 de janeiro de 1888, único caso de canonização de 7 santos como comunidade.  Sua festa é comemorada no dia 17 de fevereiro.

Santo Aleixo, um dos fundadores, falecido com a idade de 110 anos, em 1304 teve a ventura de ver aprovada a comunidade religiosa que ele e seus companheiros iniciaram, sob a inspiração de Santa Maria.

Frei Gerson Junior M. da Silva Gomes, osm


VIDA CONSAGRADA: QUAL É O SENTIDO DA VIDA CONSAGRADA?

N
o dia dois de fevereiro de todos os anos, comemora-se o dia da Vida Consagrada. Mas, o que significa Vida Consagrada?

Não sou digno de responder essa questão pelo facto de eu ser um simples cristão, apenas gostaria de partilhar em poucas palavras o que alguns consagrados dizem acerca da mesma. Diz-se que a Vida Consagrada iniciou-se no séc. IV, e não é uma fundação de Cristo, mas as circunstâncias eclesiais daquele tempo são as razões do seu surgimento. Para os primeiros religiosos, a inspiração e finalidade da Vida Consagrada era viver a Palavra de Deus, sobretudo, o amor a Deus e amor ao próximo de uma forma muito radical.

A palavra consagração significa tornar algo sagrado e no caso da Vida Consagrada, significa que tudo o que somos, fazemos e possuímos pertence a Deus numa doação livre e alegre. É dirigir todo o nosso ser (corpo e alma) para a Santíssima Trindade em culto e adoração para estarmos unidos com Ela e com os irmãos. Consagrar-se a Deus é assumir livremente a aliança de viver por Ele, com Ele, nEle e para Ele. É a aceitação total da vivência dos conselhos evangélicos (pobreza, castidade e obediência).

Ser religioso é ser e estar consciente do compromisso assumido desde o dia da nossa consagração para dar testemunho do mesmo em todas as parcelas da humanidade. Não se trata de um compromisso de fazer isto ou aquilo, mas sim de ser.

O religioso, como cristãos, é sal da terra e luz do mundo para a glória da Santíssima Trindade que é o princípio e fim da nossa vocação. Ser religioso é esvaziar-se do que o mundo oferece para viver em união com Deus e com os irmãos, formando uma comunidade misericordiosa e acolhedora.

Frei Lafim M. Rafael Monteiro, osm



NOSSA SENHORA DE LURDES

C
hama-se “aparição” a manifestação visível de um ser cuja visão num determinado lugar e momento é inusitado e inexplicável segundo o curso natural das coisas.

Nós não conhecemos o rosto da Virgem Maria. Portanto, no âmbito da fé pode-se dizer: talvez ela tivesse tal aspecto ou talvez outro, mas ninguém perseverando na fé cristã poderia duvidar que Cristo tenha nascido da Virgem Mãe. Precisamos deste mistério da Virgem para entender as variadas imagens da Sua pessoa ou vocação salvífica.

No dia 11 de fevereiro a Igreja católica celebra o dia da Nossa Senhora de Lurdes. Nossa Senhora apareceu a jovem Bernadet Soubirous na França. A Santíssima Mãe de Deus, para conceder uma das suas infinitas graças e para confundir o que no mundo se julga de forte, escolheu tal instrumento à preferência de outros. Débil segundo São Paulo, “Deus escolheu o que é fraco no mundo para confundir os fortes” (1Cor 1, 27). A aparição de Nossa Senhora de Lurdes atrai mais de quatro milhões e meio de peregrinos por ano.

O Papa Bento XVI lançou uma mensagem de esperança na missa que presidiu por ocasião dos 150 anos das aparições da Virgem Maria. Na sua homilia, o pontífice apontou o essencial de Lurdes: o amor de Deus para com os homens. Segundo Bento XVI Maria em Lurdes convida à todos os homens de boa vontade, todos os que sofrem em seu coração ou em seu corpo a levantarem os olhos para a cruz de Jesus para encontrar nela a fonte da vida e a fonte da salvação.

Recordou que Maria vem ao nosso encontro como mãe sempre disponível às necessidades de seus filhos. Esta mensagem de esperança é dirigida à todos os homens e mulheres do nosso tempo.

Frei Dionísio M. Chaxiua, osm



O MISTÉRIO DA ENCARNAÇÃO,
O MISTÉRIO DE AMOR

A
 Igreja chama «Encarnação», ao facto de o Filho de Deus ter assumido uma natureza humana, para nela levar a efeito a nossa salvação. No dia 25 de Março celebraremos a Solenidade da Anunciação do Senhor, isto é, a Encarnação do Filho de Deus.
Ao contemplar o mistério da Encarnação contemplamos o mistério de Deus que na sua admirável condescendência é comunhão; todavia, contemplamos o mais profundo mistério do homem, criado para a comunhão eterna com Deus.Com a Encarnação, Deus entrou na nossa história e assumiu a nossa condição humana, habitou entre nós, “por nós homens e para nossa salvação, desceu dos céus e se encarnou pelo Espírito Santo no seio da Virgem Maria e se fez homem”.
No centro da nossa fé Cristã está a Encarnação do Logos. O Logos que está no centro da nossa fé não é, porém o Logos duma lógica meramente conceitual ou abstrata. É um Logos pessoal que está desde toda a eternidade, “pelo qual foram criadas todas as coisas no céu e na terra, visíveis e invisíveis, Tronos e Dominações, Principados e Potestades por Ele e para Ele tudo foi criado. Ele é anterior a todas as coisa e por Ele tudo subsiste”(Col 1, 16-17).

Mas porque razão Deus se encarnou?

A razão pela qual o Verbo se fez carne e veio ao nosso mundo e viveu a nossa história foi para nos dar a conhecer e para nos oferecer toda a riqueza do seu amor; um amor absolutamente gratuito, verdadeiro e fiel. “E nós vimos sua glória, glória como de Filho único do Pai, cheio amor e de fidelidade” (1,14). Conhecer e acolher essa verdade e esse amor de Deus revelados em Jesus Cristo é verdadeiramente viver: “Nisto consiste a vida eterna: que te conheçam a ti, o Deus único e verdadeiro, e aquele que enviaste, Jesus Cristo” (Jo 17,3).
O Verbo se fez carne, para ser o nosso modelo de santidade «Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim...(Mt 11,29). O Verbo se fez carne, para nos tornar participantes da natureza divina. Santo Atanásio afirma que: “O Filho de Deus fez-Se homem, para nos fazer deuses”. E São Tomás de Aquino diz: “O Filho Unigênito de Deus, querendo que fôssemos participantes da sua divindade, assumiu a nossa natureza para que, feito homem, fizesse os homens deuses”.
Com a Encarnação de Cristo não só se realiza a “plenitude dos tempos” e da história da salvação, mas também toda a história da humanidade atinge a sua plenitude, pois como afirma Santo Ireneu de Lião: “ O Filho de Deus Se fez o Filho do Homem, para que o homem entrando em comunhão com o Verbo se tornasse filho de Deus”.
Frei Jeremias M. André Mugabe, osm


TESTEMUNHO VOCACIONAL
C
hamo-me Frei Ivan Maria Siqueira dos Santos, nasci no dia 11 de dezembro de 1989, sou brasileiro do Estado do Acre, da cidade de Sena Madureira. Na minha família somos seis irmãos, sendo três homens e três mulheres, onde eu sou o mais velho.
A vocação se constitui em duas bases fundamentais, chamado e resposta ao chamado, foi isto que aconteceu comigo no ano de 2007, onde depois de participar de um encontro de formação para celebrante da palavra, senti o desejo de tornar-me sacerdote. Naquela ocasião procurei o pároco da minha paróquia que está sob os cuidados dos Servos de Maria, sendo a mesma a única paróquia da minha cidade, expressei-lhe o desejo de ser sacerdote. A partir de então comecei a ter acompanhamento vocacional. Já estava tudo certo para eu entrar em 2008 no convento, porém chegando o momento eu desisti, pois não me achava ainda preparado e esperei mais um ano.
A minha entrada no convento se deu no dia 08 de fevereiro de 2009, no convento de Sena Madureira, onde fiz o primeiro ano de aspirantado. Em fevereiro de 2010 fui para o convento de Rio Branco, capital do Estado do Acre, onde fiz os dois últimos anos do aspirantado, e em 2012 fui para a comunidade de Curitiba, no sul do Brasil, onde fiz dois anos de postulantado e também naquela ocasião cursei dois anos de licenciatura em Filosofia, e atualmente faço o noviciado na comunidade dos Servos de Maria na Matola.
Durante estes cincos anos em que estou na Ordem dos Servos de Maria, tenho me esforçado para viver o nosso carisma, inspirando-me constantemente em Maria, Mãe e Serva do Senhor, observando o exemplo deixado pelos nossos primeiros pais, os Sete Santos Fundadores da nossa Ordem. Também tenho sempre presente o testemunho dos discípulos que deixaram tudo para seguir Jesus, aquele que não tinha nem onde reclinar a cabeça e é também por Ele e pelos seus mesmos ideais que eu estou nesta caminhada.
Frei Ivan M. Siqueira dos Santos, osm
SOCIEDADE EM FOCO:
QUE O MEU VOTO NÃO ME ESCRAVIZE!

G
raças ao exercício da nossa cidadania, no que tange ao direito ao voto, no dia sete de fevereiro do ano em curso, foi uma sexta feira que todos nós trabalhadores e desocupados, fizemos aquele dia como um dia de lazer porque a ministra do trabalho assinou feriado, por ocasião da tomada de posse dos presidentes eleitos para as 53 autarquias. Aí, vimos uma vez mais o poder que o nosso voto carrega. E esperamos fervorosos que o mesmo voto não nos encaminhe ao estado de arrependimento. Além de esvaziarmos as garrafas das cervejas, seria bom que naquele dia repensássemos nos frutos que o nosso voto nos providenciará. Pelo que desconfio ter acontecido.

Espero não conjugarmos amanha o verbo “se eu soubesse...”. Será que os Presidentes Municipais serão fieis no cumprimento das promessas feitas em tempo de campanha eleitoral, principalmente na consolidação da paz desde os municípios até além-fronteiras? Não terá o povo, votado em alguém que vai se oportunizar dos brilhantes recursos que dão dignidade a nossa moçambicanidade? Não votamos, ó munícipes, em alguém que se mostre indiferente perante os acontecimentos indesejáveis que atormentam a sociedade? Será que o nosso voto, foi para eleger alguém capaz de equilibrar a distribuição desordenada da riqueza? Ou para beneficiar um determinado grupo de gente que coagula sangue vermelho ou verde?

Espero como frutos do nosso voto, que tenhamos postos de saúde com médicos para salvar nossas vidas e não para ajudar-nos a perdê-las; escolas com professores que reconheçam os alunos como a razão da sua profissão e faça-os desenvolver suas habilidades com gosto; espero igualmente no nosso voto a reabilitação das vias de acesso. Estou muito convencido que nenhuma pessoa humana regida pela razão, liberdade e vontade, depositaria o seu voto a favor de alguém que é apologista dos raptos, consumo de drogas, tráfico de menores e outras espécies de criminalidades. Tomara que seja o nosso caso, ó munícipes de todas as autarquias. Estaremos de parabéns se tivermos votado numa pessoa capaz de discernir a vontade de Deus para o seu povo, e tal pessoa não nos provar o contrário como das outras vezes que nos arrependemos.

Aos Presidentes das autarquias, vão os meus votos de bom trabalho e recordar que nós (o povo), estamos de olhos muito abertos para conferir o fruto do nosso voto.

Frei Lafim M. Monteiro, osm


CRÔNICAS E NOTÍCIAS ECLESIAIS

N
o domingo, 2 de fevereiro, o Papa Francisco celebrou a Santa Missa na Basílica Vaticana por ocasião da Festa da Apresentação do Senhor. A data também é dedicada ao Dia Mundial da Vida Consagrada. "As pessoas consagradas são sinal de Deus nos diversos ambientes da vida, são fermento para o crescimento de uma sociedade mais justa e fraterna, são profecia de partilha com os pequenos e os pobres." Afirmou o Pontífice.

No dia 10 de fevereiro teve inicio do noviciado da Província de São Peregrino na comunidade de Santa Maria dos Servos na Matola, Moçambique. Dirigiu a cerimônia da abertura do noviciado frei Paulo Angeloni, prior provincial que se fez presente. Iniciaram o noviciado sete jovens, quatro Moçambicanos, dois Brasileiros e um Peruano. Oremos para que o Espírito Santo conduza os passos destes jovens e que tudo seja feito por Cristo, inspirado em Maria.

No dia 11 de Fevereiro recordamos o anúncio histórico da Renúncia de Bento XVI. O Papa Francisco publicou no seu twitter nesse dia: "Hoje, convido-vos a rezar juntos comigo por Sua Santidade Bento XVI, um homem de grande coragem e humildade". Acompanhemos em oração esse grande Papa, Bento XVI, que marcou e continua marcando a história da Igreja com a sua humildade e confiança em Deus.

O dia 14 de fevereiro foi dia de são Valentim. Os casais tomaram a Praça de São Pedro pra ouvirem o Papa: cerca de vinte mil noivos e noivas foram convidados para o evento inédito denominado “Alegria do Sim para sempre” - que foi o primeiro deste gênero a realizar-se na sede do Vaticano - onde se comemorou o dia dos namorados, recordado em vários Países do Mundo. O Papa Francisco pediu aos jovens casais de namorados que o seu casamento seja sóbrio e uma verdadeira festa cristã, porque em alguns lugares estão mais preocupados com o exterior, fotografias, vestidos e flores para passarem esse dia, esquecendo se de louvar ao Senhor pelo dom que nos concede. No meio de um ambiente festivo entre
milhares de casais sorridentes e apaixonados, o papa chegou a bordo de seu papa móvel e já no palanque escutou três perguntas que foram formuladas por três casais, e antes de responder, confessou sorrindo, que tinha recebido as perguntas antes e, portanto, sabia o que responderia. O papa disse também que o Amor verdadeiro não se impõe com dureza e agressividade, mas surge e é conservado através de valores como a cortesia. Disse também aos apaixonados que viver juntos é uma arte, e um caminho que requer paciência, que é lindo e fascinante que se sustenta em três palavras, que em outras ocasiões já mencionou perante as famílias cristãs, permissão, agradecimento e perdão. E falou também sobre o perdão, onde reconhece que não existe família perfeita, mas, todos nós buscamos a perfeição.

No dia 17 de fevereiro celebramos a Solenidade dos Sete Santos fundadores da nossa Ordem dos Servos de Maria. A Celebração desta Solenidade teve lugar em todos os cantos do mundo onde se encontra a família Servita. Nós da comunidade da Matola nos separamos em dois grupos. Os Noviços e o seu mestre frei Charlie foram comemorar a festa junto das irmãs Monjas Servas de Maria de vida contemplativa em Chókwè. Em paralelo a esta festa comemoramos no mesmo dia aniversario do frei Cosme M. Jose Mucupa, noviço. Os aspirantes e postulantes celebraram a festa junto à comunidade paroquial de São Gabriel, com frei Custódio e frei José. A celebração eucarística teve lugar no dia 16 de fevereiro Domingo que era o Domingo próximo.

Dia 20 de fevereiro celebramos os 49 anos de Ordenação Sacerdotal de frei José M. Correcher, conhecido por todos como frei Pepe. Desejamo-lhe que esse seu ano jubilar de ordenação seja repleto de bençãos e graças. Muito obrigado pela sua presença entre nós.

No dia 22 de Fevereiro tivemos a crediação de 22 novos cardeais oriundos de diversos continentes. Os cardeais por sua natureza peculiar colaboram com o Sumo Pontífice no governo da Igreja.

frei Cosme M. José Mucupa e frei Dionisio M. Chaxiua, osm












Movidos pelo Espírito comprometemo-nos, como nossos primeiros Pais, a testemunhar o Evangelho em comunhão fraterna e a colocar-nos a serviço de Deus e do homem, inspirando-nos constantemente em Maria, Mãe e Serva do Senhor (Const. 1).




           Somos chamados a estar aos pés das infinitas cruzes da humanidade para levar conforto e cooperação redentora
(Const. 319)





Entre em contato conosco e seja você também um Servo de Maria:
Comunidade Santa Maria dos Servos – Matola
826756357 - 847704141



13 de setembro de 2010

A Palavra de Deus na Vida - CNBB S. João Crisóstomo BDr, memória

Leituras Relacionadas ao dia 13/09/2010 - CNBB
Verde. 2ª-feira da 24ª Semana Tempo Comum
S. João Crisóstomo BDr, memória
1ª Leitura - 1Cor 11,17-26.33
Se têm surgido divisões entre vós,
já não é para comer a Ceia do Senhor que vos reunis.
Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 11,17-26.33

Irmãos:
17No que tenho a dizer-vos, eu não vos louvo,
pois vossas reuniões não têm sido para o vosso bem,
mas para o mal.
18Com efeito, e em primeiro lugar, ouço dizer que,
quando vos reunis em assembléia,
têm surgido divisões entre vós.
E, em parte, acredito.
19Na verdade, convém que haja até cisões entre vós,
para que também se tornem bem conhecidos
aqueles dentre vós que resistem à prova.
20De fato, não é para comer a Ceia do Senhor
que vos reunis em comum.
21Pois cada um se apressa a comer a sua própria ceia;
e enquanto um passa fome
o outro se embriaga.
22Não tendes casas onde comer e beber?
Ou desprezais a Igreja de Deus
e quereis envergonhar aqueles que nada têm?
Que vos direi?
Hei-de elogiar-vos?
Neste ponto, não posso elogiar-vos.
23O que eu recebi do Senhor foi isso que eu vos transmiti:
Na noite em que foi entregue,
o Senhor Jesus tomou o pão
24e, depois de dar graças, partiu-o
e disse: "Isto é o meu corpo
que é dado por vós.
Fazei-o em memória de mim".
25Do mesmo modo, depois da ceia,
tomou também o cálice e disse:
"Este cálice é a nova aliança, em meu sangue.
Todas as vezes que dele beberdes,
fazei isto em minha memória".
26Todas as vezes, de fato, que comerdes deste pão
e beberdes deste cálice,
estareis proclamando a morte do Senhor,
até que ele venha.
33Portanto, meus irmãos,
quando vos reunirdes para a Ceia,
esperai uns pelos outros.
Palavra do Senhor.

Salmo - Sl 39 (40),7-8a. 8b-9. 10. 17 (R. 1Cor 11,26b)
R. Irmãos, anunciai a morte do Senhor, até que ele venha!
7Sacrifício e oblação não quisestes,*
mas abristes, Senhor, meus ouvidos;
não pedistes ofertas nem vítimas,+
holocaustos por nossos pecados,*
8aE então eu vos disse: "Eis que venho!"R.

8bSobre mim está escrito no livro:
9"Com prazer faço a vossa vontade,*
guardo em meu coração vossa lei!"R.

10Boas-novas de vossa justiça
anunciei numa grande assembléia;*
vós sabeis: não fechei os meus lábios!R.

17Mas se alegre e em vós rejubile*
todo ser que vos busca, Senhor!
Digam sempre: "É grande o Senhor!"*
os que buscam em vós seu auxílio.R.

Evangelho - Lc 7,1-10
Nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 7,1-10
Naquele tempo:
1Quando acabou de falar ao povo que o escutava,
Jesus entrou em Cafarnaum.
2Havia lá um oficial romano
que tinha um empregado a quem estimava muito,
e que estava doente, à beira da morte.
3O oficial ouviu falar de Jesus
e enviou alguns anciãos dos judeus,
para pedirem que Jesus viesse salvar seu empregado.
4Chegando onde Jesus estava,
pediram-lhe com insistência:
"O oficial merece que lhe faças este favor,
5porque ele estima o nosso povo.
Ele até nos construiu uma sinagoga."
6Então Jesus pôs-se a caminho com eles.
Porém, quando já estava perto da casa,
o oficial mandou alguns amigos dizerem a Jesus:
"Senhor, não te incomodes,
pois não sou digno de que entres em minha casa.
7Nem mesmo me achei digno
de ir pessoalmente ao teu encontro.
Mas ordena com a tua palavra,
e o meu empregado ficará curado.
8Eu também estou debaixo de autoridade,
mas tenho soldados que obedecem às minhas ordens.
Se ordeno a um : "Vai!", ele vai;
e a outro: "Vem!", ele vem;
e ao meu empregado "Faze isto!", e ele o faz"."
9Ouvindo isso, Jesus ficou admirado.
Virou-se para a multidão que o seguia, e disse:
"Eu vos declaro que nem mesmo em Israel
encontrei tamanha fé."
10Os mensageiros voltaram para a casa do oficial
e encontraram o empregado em perfeita saúde.
Palavra da Salvação.


Reflexão - Lc 7, 1-10
Uma coisa é a fé em si, e outra coisa é como ela se expressa. Para
muitos, a fé em si nem sequer é percebida, de modo que existe uma
necessidade muito grande de ritualismo e de formas exteriores de
expressão da fé. Quem tem verdadeiramente fé em Jesus, acredita na
autoridade do seu nome e na força da sua Palavra, e não necessita de
manifestações exteriores para acreditar na eficácia da sua ação. Deste
modo, todos nós somos convidados a reconhecer que a grandiosidade da
fé do Centurião que acreditou plenamente no poder da Palavra de Jesus
e não exigiu dele nenhum rito ou gesto exterior e, porque acreditou,
foi atendido naquilo que desejava.

22 de maio de 2010

A Palavra de Deus na Vida - CNBB




Leituras Relacionadas ao dia 22/05/2010 - CNBB
Branco. Sábado da 7ª Semana da Páscoa

1ª Leitura - At 28,16-20.30-31
Paulo ficou em Roma pregando o Reino de Deus.
Leitura dos Atos dos Apóstolos 28,16-20.30-31
16Quando entramos em Roma,
Paulo recebeu permissão para morar em casa particular,
com um soldado que o vigiava.
17Três dias depois,
Paulo convocou os líderes dos judeus.
Quando estavam reunidos, falou-lhes:
"Irmãos, eu não fiz nada contra o nosso povo,
nem contra as tradições de nossos antepassados.
No entanto, vim de Jerusalém como prisioneiro
e, assim, fui entregue às mãos dos romanos.
18Interrogado por eles no tribunal
e não havendo nada em mim que merecesse a morte,
eles queriam me soltar.
19Mas os judeus se opuseram
e eu fui obrigado a apelar para César,
sem nenhuma intenção de acusar minha nação.
20É, por isso, que eu pedi para ver-vos e falar-vos,
pois estou carregando estas algemas
exatamente por causa da esperança de Israel."
30Paulo morou dois anos numa casa alugada.
Ele recebia todos os que o procuravam,
31pregando o Reino de Deus.
Com toda a coragem e sem obstáculos,
ele ensinava as coisas
que se referiam ao Senhor Jesus Cristo.
Palavra do Senhor.


Salmo - Sl 10, 4. 5.7 (R. Cf. 7b)
R. Ó Senhor, quem tem reto coração
há de ver a vossa face.

 

Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia


4Deus está no templo santo, *
e no céu tem o seu trono;
volta os olhos para o mundo, *
seu olhar penetra os homens.R.

5Examina o justo e o ímpio, *
e detesta o que ama o mal.
7Porque justo é nosso Deus, o Senhor ama a justiça.*
Quem tem reto coração há de ver a sua face.R.



Evangelho - Jo 21,20-25
Este é o discípulo que dá testemunho dessas coisas
e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 21,20-25
Naquele tempo:
20Pedro virou-se
e viu atrás de si aquele outro discípulo
que Jesus amava,
o mesmo que se reclinara
sobre o peito de Jesus durante a ceia
e lhe perguntara: "Senhor, quem é que te vai entregar?"
21Quando Pedro viu aquele discípulo,
perguntou a Jesus: "Senhor, o que vai ser deste?"
22Jesus respondeu:
"Se eu quero que ele permaneça até que eu venha,
o que te importa isso?
Tu, segue-me!"
23Então, correu entre os discípulos a notícia
de que aquele discípulo não morreria.
Jesus não disse que ele não morreria, mas apenas:
"Se eu quero que ele permaneça até que eu venha,
que te importa?"
24Este é o discípulo que dá testemunho dessas coisas
e que as escreveu;
e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro.
25Jesus fez ainda muitas outras coisas,
mas, se fossem escritas todas,
penso que não caberiam no mundo
os livros que deveriam ser escritos.
Palavra da Salvação.


Reflexão - Jo 21, 20-25
O testemunho dos discípulos de Jesus é sempre verdadeiro, uma vez que, assistidos pelo Espírito Santo, que nos revela a plenitude da verdade, realizam a sua missão. E esse testemunho deve ser de tal modo que convença todas as pessoas a respeito de Jesus, caminho, verdade e vida, e as leve a dar a ele uma resposta positiva de adesão ao seu projeto de amor para se tornarem, conosco, verdadeiras testemunhas dele e operários do seu projeto. Assim, cada vez mais o Reino cresce no meio de nós, o mundo é transformado de acordo com os valores pregados por Jesus, e as obras dele continuam acontecendo.


LEIA MAIS! CLICK AQUI!

Postagens mais visitadas